sábado, 20 de março de 2010

Falecimento

Daqui da janela
Ouço o cintilar das folhas lá fora
Que ao romper d’aurora
Desprendem-se sem nenhuma cautela.

Descendo da copa amadurecida
Como lágrimas a rolar de um rosto
Uma leve brisa sopra ao seu desgosto
Desprendendo-te de sua única forma de vida.

Seu fim chega de uma forma grotesca,
O despencar extrai o néctar de seu corpo, como um vampiro
A folha dá assim seu último suspiro
sentindo seu corpo adormecer na grama fresca.

                                              Edilaine Alves

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