domingo, 28 de março de 2010

Todo dia, como manda o figurino

Ao barulho do despertador
Percebo que é hora de recomeçar
Com um clima nada animador
Ponho-me a solevantar.

Arrasto-me do corredor até a porta
À passos de um enfermo que se levanta lentamente
Na sua atitude servil lambe minha mão morta
Despeço-me do meu cachorro brandamente.

No compasso do trabalho diário
Castigando meu corpo que padece
À movimentos involuntários
A minha mente insana apodrece

De volta pra casa no mormaço
Nuvens acinzentadas revoavam no horizonte
Entro em casa e subo ao terraço
E fico a olhar o pôr-do-sol adormecer por trás do monte.

 Durante minutos velando aquela paisagem
Minhas pestanas cessaram por um instante
O cristalino vidrados naquela imagem
As pupilas dilatadas pela luz mortificante.

Amanhece novamente
Retorno ao itinerário habitual
Como um cão obediente
Regressar-me à rotina infernal.
                      Edilaine Alves

2 comentários:

  1. A senhorita bem sabe como é essa rotina de trabalho né rs
    Seus textos estão cada vez mais lindos, miga! ♥
    Fico até besta de ver. Porque até outro dia, você morria de vergonha de escrever kkk
    Beijinhos, minha linda, tô amando seu blog, tá perfect!
    Fica com Deus! ♥')

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  2. Minha rotina de trabalho é até tranquila...
    Eu não gostava muito de escrever mesmo...ainda me acho superficial nisso..mas tô tentando..
    Também te amo, frôzona..bjo..

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